segunda-feira, 16 de junho de 2014

Pense no hoje, apenas no hoje, no melhor dia como sendo hoje...não amanhã, nem daqui a pouco, nem outro dia...hoje. Comece cortando logo as pessoas que não servem, aquelas que nada te dizem, aquelas que deixaram de ser...apague, apague logo, antes que elas se tornem um borrão negro, apagando seu sol!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Não faço "times", não ergo pedestais.

O problema da memória é que ela está lá, impávida, esperando para despertar e nos assustar ou nos fazer derramar tardias lágrimas.
Um dia a gente se olha no espelho e vê que a gente mesmo mudou, que só resta a memória do que fomos...se prestarmos atenção também veremos as mudanças interiores, aquelas que o espelho não registra.
De algum modo é bom que seja assim. Creio que ninguém suportaria a réplica de si mesmo, inapelavelmente colada a nós, sem mudança alguma. Mesmo que tenhamos medo das mudanças, elas são a única forma de seguirmos em frente, de evoluírmos.
Eu não tenho medo de mudanças, eu as espero.
Lembro de que, quando pequena eu desejava ser velha. para mim, a velhice era a última parada da sabedoria. É evidente que eu estava enganada quanto a relação da velhice com a sabedoria, conheci e conheço velhos completamente imaturos, incapazes de uma só frase inteligente ou minimamente sábia. Velhos que, mesmo aos 40 anos, já sabiam tudo, já entendiam de tudo, já tinham opiniões formadas sobre si mesmos e sobre tudo, como se tivessem acabado de sair da música de Raul Seixas.
Ainda assim, não me importo de envelhecer.Eu não sei nada, eu desejo aprender tudo e não tenho opinião formada sobre nada, nem sobre ninguém. Não faço "times", não ergo pedestais.
Eu observo e aprendo...

sábado, 7 de maio de 2011

Creio

A humanidade evolui, é um fato; queiram ou não queiram os homens.
Deus nos criou para ser, cada dia, cada época, um pouco melhores do que fomos anteriormente. Por esta razão Ele não castiga e não condena ao "inferno", apenas nos faz viver as consequências - quaisquer sejam - de nossas ações para aprendermos. Aprender é o grande lance do criador.
Sou kardecista e acredito firmemente na pluraridade das existências; acho de uma irrefrutável lógica, já que em oitenta anos, por exemplo, há pessoas que modificam suas concepções muito pouco. E o que se diria de um homem como Bin Laden? Não é ele um filho de Deus - ainda que não aja como um - que procurava defender uma ideologia aprendida - ainda que totalmente equivocada - por ter sido criado numa cultura de violência e desamor ao próximo? Não é similiar - embora proporcionalmente muito mais danoso - ao Virgulino Ferreira, o lampião nordestino cuja violência se explica - porém não se justifica - por haver sido criado num ambiente violento e injusto?
Não existem "filhos do demônio", pois o mal é incapaz de produzir alguma coisa que tenha a possibilidade - mesmo remota - de ser boa, como é o ser humano, esse poço de dualidades.
Cada ser humano que já se viu vítima de preconceito, violência, maldade, malícia, prevaricação ou que os exerceram, aprenderá na carne as consequencias dessa posição através da satisfação ou negação de sua ideologia. E o mundo muda, conforme os planos de Deus - incrivelmente - para melhor a cada dia.
Osama ou virgulino, ou todos os que se lhes assemelhe, um dia renascerão para a luz, para aprender e compreender o bem e o perdão.
Eu creio nisso, como na boníssima misericórdia divina. Creio-o como na existência de Deus.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ver o que há muito além do arco-íris.

Eu sou declaradamente a favor dos gays. Sou a favor da liberdade do ser, do querer, do amar.
Afinal, quem deseja ser rejeitado por ser quem é? Mas, confesso, já fui muito preconceituosa e ignorante.
Fui criada numa família extremamente homofóbica e eu tinha um verdadeiro pavor de "pegar" essa "doença".
Mas, os filhos nos libertam, se a gente se dispuser a aprender com eles um mundo novo.
Minha filha tinha montes de amigos gays e eu não sabia. Um dia, com dificuldade de me contar que era fumante (como eu, aliás) recorreu aos amigos que decidiram "me chocar" antes e assim diminuir o impacto do golpe que ela - acreditavam eles - ia receber (sempre disse, hipocritamente, que a faria engolir o cigarro se a apanhasse fumando, num típico comportamento "faça o que digo, não faça o que faço", que é a maior idiotice desse mundo).
Jamais tive prova tão inconteste de amizade.
Tive, naquele momento, duas escolhas: ou rejeitava aquelas pessoas e me fechava na certeza que homossexualidade é "doença" ou ia ver como é que pessoas que eu considerava "erradas" se expunham assim por outra.
Meu bom senso prevaleceu, graças a Deus, e eu me aproximei deles todos, acolhi na minha casa e ouvi tudo e de tudo, procurei aconselhar, mas sobretudo ouvi.
Todos, sem exceções, queriam ser ouvidos. Queriam que um adulto dissesse a eles que eles não eram "monstros" ou - como um pastor fez questão de dizer a um deles - tinham "vinte e sete demônios no corpo".
Procurei mostrar a eles todos que o caráter define a pessoa e não o gênero dos namorados ou namoradas. Procurei mostrar que a sociedade pode empurrar você para a marginalidade, se a pessoa não tiver muito cuidado com a própria cabeça, com a própria auto-estima, e isso não acontecia só com os gays, ams com qualquer um que se deixasse afundar num lamaçal de idéias impostas por uma sociedade muito hipocrita, que ri dos gays e dos negros, que arrasa os gordos, os "diferentes". Nessa sociedade plástica de Barbies e Kens (nada contra os dois) qualquer coisa que não seja isso, será empurrado para o fundo do poço do ostracismo e tratados como párias.
Sou feliz em dizer que esses meninos não se perderam. Não por minha causa, mas por seus próprios caráteres, por sua própria escolha.
Eles não me devem nada, mas eu devo muito a eles. Por causa deles minha cabeça se abriu e eu pude ver o que há muito além do arco-íris.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O problema é que eu me levo a sério. Seria tão mais fácil se eu me encarasse como uma piada rechonchuda ambulante.
Mas, nãããããããão...eu me penso cidadã, eu me penso responsável, eu me penso mãe...
Eu me penso... Ai que desastre!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Casas


Onde estamos nesse mundo? Somos reais?
Quem somos nós?
Ouvimos música?
Não, não sei...o que sei é que a pessoa que veem é a sombra do que há por dentro e a fachada da casa não revela o que há no seu interior.
Penso que as casa são como pessoas, úteros onde a vida se desenvolve e se cria. Casas abandonadas são pessoas esvaziadas de esperanças e conteúdos. Quando passo pelas casa abandonadas espio lá dentro e posso ver as sombras e ouvir os ecos do passado. Moças que riram, rapazes que cantaram. O cheiro da comida que as mães preparavam, os passos do pai no corredor e o doce perfume de vida que dela emanava.
Vejo que a vida se esvaiu da casa.
Pior quando a estão demolindo. Cada parede que cai foi um sonho que morreu nos quartos que estão sem janelas, deixando escapar todos os sonhos da moça donzela, da mulher angustiada, dos bebês que já creceram. Tenho pena das casa e choro por elas.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Não me conte seus problemas!
























Dentre as coisas que me irritam, neste mundo, e que terei que suportar por muito tempo, há algumas piores, como:
Hipocrisia (seja filho-da-puta, assuma);
Falso moralismo (faço mesmo, e dai? vai assanhar o meu cabelo?);
Hipocondria e outros "ias" (quer morrer? pula da ponte e não me enche, poupa as pessoas do vexame de ter que te salvar);
Auto-comiseração (morte aos coitadinhos);
Vaidade exarcebada (e infundada, para ser vaidosa de alguma coisa é preciso TER alguma coisa de que se envaidecer);
"
Experteza"(odeio gente esperta. Em geral são burros disfarçados);
Auto-sensacionalismo (quer se promover? Vá pro BBB).

Mas, o que eu odeio mesmo é gente que acha que me conhece (haha). Baby, tome Biotônico antes de pretender saber quem sou. Como diria minha avó (a dos ditados):
"Quando você ia saber onde ficava o pé de cajú, eu já estava de volta, e com o doce pronto!"

E o silêncio não me comove.